terça-feira, 15 de maio de 2012

Inclusão e Tecnologias Assistivas


Ao longo do  Seminário Inclusão e Tecnologias Assistivas: Sensibilização, tivemos a oportunidade de  conhecer as diversas soluções tecnológicas já existentes que possibilitam aos portadores de diferentes deficiências exercerem de forma cada vez mais plena sua cidadania em sua plenitude se fazerem mais enxergados como cidadãos com os mesmos direitos que nós em nossa sociedade. Nos deu esta disciplina a oportunidade de refletirmos o nosso papel enquanto professores perante o nosso aluno portador de alguma deficiência e em nosso caso, a questão da deficiência visual. É importante frisar também o alerta que nos faz o professor Antônio Borges quando ele nos fala da pouca ênfase nos cursos de pedagogia para a preparação para este desafio.

Identificar os motivos de cada deficiência, no nosso caso, por quê a deficiência visual ocorre e como ela pode ser superada em sala de aula? O que enquanto professores podemos fazer para diagnosticar, para receber, para aceitar e para compartilhar o conhecimento com aquela pessoa que chega com aquela deficiência em nossa sala de aula.

Percebermos o imenso poder da tecnologia como agente modificador deste contexto, desta realidade que se antes excluía agora tem que incluir estas pessoas, pois é acima de tudo um ato humano, além de um ato pedagógico politicamente correto eu diria. Não podemos ver na pessoa com deficiência um “ser invisível”, senão realmente não o enxergaremos. Não o ajudaremos e assim estaremos compartilhando de uma visão segregacionista tão em voga no Brasil por tantos anos. É fundamental também alertarmos para o papel fundamental da família neste contexto como agente colaborador da inclusão desta pessoa com deficiência na escola, bem como acompanhar o processo de ensino/aprendizagem no qual ela está inserida. Se o preconceito isola as pessoas, o compartilhar da tecnologia para superar isto promove a inclusão, é fundamental que percebamos isto enquanto educadores. O que dizer do exemplo de Euler que criou inúmeras equações matemáticas mesmo sendo cego?

O portador de deficiência não está fadado ao fracasso, mas sim ao sucesso. O sucesso de mesmo com aquela deficiência ele conseguir superar as expectativas pessoais e até as de sua família e assim crescer como cidadão e se sentir valorizado por todos. É aí que o processo tem de partir da sala de aula. Da inclusão destas pessoas como portadores de um direito especial e ao mesmo tempo convivendo com cidadãos comuns que também são detentores de direitos e deveres. A grande barreira para a consolidação da tecnologia como grande aliado no processo de desenvolvimento desta nova prática pedagógica é a formação dos professores.

Percebe-se claramente que para as pessoas normais a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para a pessoa portadora de deficiência a tecnologia torna as coisas possíveis.





Uma experiência de sucesso!

No link abaixo, uma sugestão para o nosso trabalho. Apresento Ítalo do Acordeom, um jovem de nossa cidade que mesmo com problemas de um determinado tipo de cegueira, a qual veio de nascença, mesmo assim ele conseguiu ter noções de música comigo e olha que não foi nem em sala de aula, pois devido sua deficiência quando pequeno era mantido em casa pela família. Daí passou a me acompanhar na banda e rapidamente evoluiu através da música, superando e muito sua deficiência, e este exemplo é importante porque nos revela que nem sempre a inclusão pode-se dar necessariamente em uma sala de aula. No caso de ítalo deu-se em nossa sede onde a banda ensaiava. Confiram o vídeo que eu fiz no quarto do mesmo.

Fico muito feliz em através da música ter ajudado este jovem valor de nossa terra a evoluir e se tornar através da música, um grande músico superando assim a sua deficiência visual através do dom da musicalidade. Acredito que a educação musical e a inclusão de instrumentos eletrônicos como o teclado e as baterias eletrônicas em sala de aula ajudariam muito no processo de inclusão e socialização dos portadores de deficiência visual.

José Ivaldo Donato Nóbrega






   

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