Uma
dura realidade: Diagnóstico de crianças que nascem cegas.
Os depoimentos de Mães que
tiveram filhos cegos trazidos no texto “O
Bebê Deficiente Visual e sua Família” de
Antônio Borges mostram o desespero das mães quando se deparam com o diagnóstico
de forma brusca e insensível, são comoventes.
CASO A
‐ “... quando perguntei
pela minha filha, diziam que estava bem, mas não ma traziam. Quando a vi
disseram‐me que tinha os olhos
inchados, mas que depois passava. Chamaram o meu marido e eu desconfiei... Em
poucos dias tive certeza: minha filha tinha glaucoma...”
CASO B
‐ “aos três meses
notamos que o bebê não fixava e pensamos que fosse estrabismo. A pediatra não
deu por isso. Fomos ao oftalmologista, que lhe fez um exame e de uma maneira
muito brusca disse: Confirma‐se o diagnóstico de
cegueira, ele é cego e não há nada a fazer. O choque para mim foi tão grande, e
a forma com que ele me disse isso foi tão brutal, que nunca mais pude voltar lá.
Andei por outros médicos, mas o diagnóstico foi sempre confirmado e não me deram
nenhum encaminhamento. Até que um dia um colega do meu marido lhe falou no
Instituto de Cegos em que...”
Antônio Borges afirma:
É necessário
pois, reduzir este período em que os pais sentindo ruir todos os seus sonhos, se
confrontam com a realidade de um bebê deficiente visual, tão diverso daquele que
preencheu o seu imaginário durante nove meses.
Este primeiro
momento é geralmente caracterizado por uma total ausência de esperança,agravada
pela angústia de uma culpabilidade que começa a emergir. A deficiência do filho
ameaça o sentimento de amor próprio e a competência dos pais. O sentimento é tão
insuportável que eles procuram, em si mesmos e nos outros, um sinal que lhes
mostre que não têm culpa da deficiência do filho.
Genarte
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