domingo, 3 de junho de 2012

Inclusão social

Por João Genarte


Fonte: youtube



Inclusão: Ainda há tempo...



João Genarte

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO AO ALUNO COM BAIXA VISÃO


O trabalho com alunos com baixa visão baseia-se no princípio de estimular a utilização plena do potencial de visão e dos sentidos remanecentes, bem como na superação de dificuldades e conflitos emocionais (MEC- Saiba mais... clique nos links à direita).

a pedidos trouxe algumas sugestões para pais, professores e outras pessoas que convivem com a criança de baixa visão na idade escolar:
- Ensine a criança e o jovem sobre sua deficiência e sobre o que eles podem ver ou não poder ver bem (muitas crianças não têm consciência disso).
- Os alunos com baixa visão deverão trabalhar olhando para os objetos e para as pessoas (algumas crianças apresentam comportamento de cegos, olham para o vazio. Peça para que “olhe” o objeto ou pessoa em questão).
- Ajude-o a desenvolver comportamentos e habilidades para participar de brincadeiras e recreações junto com os colegas, facilitando o processo de socialização e inclusão.
- Oriente o uso de contraste claro e escuro entre os objetos e seu fundo.
- Estimule o aluno a olhar para aspectos como cor, forma e encoraje-o a tocar nos objetos enquanto olha.
- Lembre-se que o uso prolongado da baixa visão pode causar fadiga.
- Seja realista nas expectativas do desempenho visual do estudante, encorajando-o sempre ao progresso.
- Encoraje a coordenação de movimentos com a visão, principalmente das mãos.
- Oriente o estudante a procurar recursos como o computador pois, ele se cansará menos e aumentará sua independência.· Pense nos estudantes com baixa visão como pessoas que vêem.
- Use as palavras “olhe” e “veja” livremente.
- Esteja ciente da diferença entre nunca ter tido boa visão e tê-la perdido após algum tempo.
- Compreenda que o sentido da visão funciona melhor em conjunto com os outros sentidos.
- Aprenda a ignorar os comentários negativos sobre as pessoas com baixa visão.· Dê-lhe tempo para olhar os livros e revistas, chamando a atenção para os objetos familiares. Peça-lhes para descrever o que vê.
- Torne o “olhar” e “ver” uma situação agradável, sem pressionar.

OBS: Deve-se evitar fazer tudo pela criança com baixa visão para que ela não se canse ou se machuque. Ela deve ser responsável pelas próprias ações.

NÃO ÓPTICOS PARA BAIXA VISÃO
Os recursos não ópticos são aqueles que melhoram a função visual sem o auxílio de lentes ou promovem a melhoria das condições ambientais ou posturais para a realização das tarefas (podem ser efetuados pelo professor). (K.José et al). Os meios para que se consiga esta melhora são:
- Trazer o objeto mais próximo do olho, o que aumenta o tamanho da imagem percebida (ou seja, deixe a criança aproximar o objeto do rosto ou aproximar-se para observar algo, como por exemplo, a lousa ou a TV);
- Aumentar o tamanho do objeto para que ele seja percebido.

CARACTERÍSTICAS DE MATERIAL IMPRESSO PARA BAIXA VISÃO
- Desenhos sem muitos detalhes (muitos detalhes confundem);
- Uso de maiúsculas;
- Usar o tipo (letra) Arial;
- Tamanho de letra em torno de 20 a 24 (ou seja, ampliada);
- Usar entrelinhas e espaços;
- Cor do papel e tinta (contraste).

FORMAS DE AMPLIAÇÃO
- Fotocopiadora;
- Computador;
- Ampliação à mão: é a mais utilizada e deve seguir requisitos como tamanho, espaços regulares, contraste, clareza e uniformidade dos caracteres.

MATERIAIS
- Lápis 6B e/ou caneta hidrográfica preta;
- Cadernos com pautas ampliadas ou reforçadas;
- Suporte para livros;
- Guia para leitura;
- Luminária com braços ajustáveis.

MAIS SUGESTÕES
Nos CAPES pode ser encontrado o caderno com pauta ampliada (mais larga) para alunos com baixa visão; mas também pode ser confeccionado utilizando o próprio caderno do aluno riscando com uma caneta hidrocor preta uma linha sim, outra não. Como normalmente os cadernos encontrados hoje em dia as linhas são claras, não haverá problema pois, normalmente o aluno não consegue enxergar as linhas mais clara somente as mais escuras e ele poderá escrever no espaço entre elas (no caso utilizando 2 linhas).


Para alguns alunos é necessário um espaço maior entre as linhas; como não encontramos este tipo de caderno no mercado pode-se utilizar caderno de desenho ou encadernar um maço de sulfite, colocando capas (frente/verso) e em seguida traçar as linhas mais espaçadas, como no exemplo abaixo 5 cm, folha por folha (com lápis 6B) de acordo com a necessidade do aluno. As mães costumam colaborar quando orientadas neste sentido.



Caso o aluno apresente além da baixa visão, uma dificuldade motora, pode-se utilizar de letras móveis e letras recortadas em papel para que o aluno cole-as no caderno, formando palavras, ao invés de escrever.



Para evitar o cansaço de estar constantemente com o rosto sobre o caderno, pode-se utilizar um suporte para leitura encontrado em casas que trabalham com artigos para deficientes visuais. Pode ainda ser confeccionado ou ser utilizados livros, como suporte, embaixo do carderno para que este possa ficar mais elevado.



O professor pode ainda confeccionar esta grade para facilitar a escrita do aluno com baixa visão. Pode ser utilizado uma lâmina de radiografia, como na foto, do tamanho da folha do caderno e com a mesma medida das linhas ou ainda em papel cartão com cores que contrastem com o fundo branco da folha do caderno. Para a leitura pode ser confeccionado no mesmo modelo, uma guia para leitura utilizando-se somente uma linha vazada e à medida que o aluno vai lendo a guia vai sendo deslocada para a linha de baixo, o que evita que ele se perca durante a leitura.


O professor também pode se utilizar dos encartes que contém figuras grandes para trabalhar com o aluno com baixa visão para reconhecimento dos produtos e palavras conhecidas bem como com rótulos de embalagens que são utilizados em seu dia-a-dia. A medida que ele vai aprendendo a ver começará a identificar figuras cada vez menores.



O aluno pode recortar o produto que identificou visualmente e nomeá-lo. Posteriormente pode colocar as figuras em ordem alfabética criando um livrinho.


Pode-se ainda trabalhar com jogos pedagógicos.


OBS: O professor deverá identificar o tamanho de letra que a criança consegue enxergar para realizar as atividades, caso contrário não se sentirá motivado a realizar as tarefas. O professor deve estar atento pois este pode ser um dos motivos pela falta de interesse e indisciplina do aluno.

ALFABETO BRAILLE






As letras em Braille são formadas a partir da combinação de seis pontos que compõem o que é chamado de cela Braille. A cela é formada por duas colunas e três linhas de pontos. A localização dos pontos é dada de cima para baixo, primeiramente na coluna da esquerda, pelos pontos 1, 2, 3 e posteriormente na coluna da direita pelos pontos números 4, 5 e 6. Cada combinação de pontos em relevo forma, portanto, determinada letra ou sinal de pontuação. A letra C, por exemplo, é formada pelos pontos 1 e 4, como mostra a Figura 1.


Seguindo o modelo da Figura 1: os círculos em negrito representam os pontos da cela Braille.
A combinação desses pontos formam 63 caracteres que simbolizam as letras do alfabeto convencional e suas variações como os acentos, a pontuação, os números, os símbolos matemáticos e químicos e até as notas musicais. Para os cegos poderem ler números ou partituras musicais, por exemplo, basta que se acrescente antes do sinal de 6 pontos um sinal de número ou de música.













Abaixo temos o exemplo de algumas palavras escritas em Braille:


bala, nada, perfume, pé, vida, amor.














Para a alfabetização, deve-se utilizar diversos tipos de materiais concretos. É interessante também a utilização de materiais de sucata onde elas possam colaborar na confecção; além de motivar a criança ainda auxilia no desenvolvimento e refinamento tátil...


Celas Braille confeccionadas com material de sucata:







Está escrito: capa











Está escrito: ba













Está escrito: la





Imagens: Arquivo pessoal

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO AO ALUNO CEGO



As crianças cegas devem ser estimuladas desde cedo no que diz respeito à exploração do sistema háptico (o tato ativo ou em movimento) através de atividades lúdicas, do brinquedo e de brincadeiras. Elas devem desenvolver um conjunto de habilidades táteis e de conceitos básicos que tem a ver com o corpo em movimento, com orientação espacial, coordenação motora, sentido de direção etc. Tudo isto é importante para qualquer criança.

Para a realização da escrita ou leitura em braille, é necessário que a criança conheça convenções, assimile conceitos gerais e específicos, desenvolva habilidades e destreza táteis.
O tato, a destreza tátil e a coordenação bi manual precisam estar bem desenvolvidos, pois tanto a técnica da leitura quanto a escrita das letras dependem de movimentos sincronizados das mãos e da percepção tátil de diferenças, bem sutis.



Para se alfabetizar uma criança cega é necessário bem mais do que ter um bom domínio do Sistema Braille. É preciso saber como se dá o processo de construção do conhecimento por meio da experiência não visual e criar condições adequadas de acesso aos conteúdos escolares dentro e fora da sala de aula.



João Genarte

Imagens: Arquivo pessoal


Texto: Alfabetização de alunos usuários do sistema braille
Fonte: Rede Saci



sábado, 19 de maio de 2012

Inclusão e Tecnologias Assistivas

Reportagem exibida pelo fantástico sobre tecnologias assistivas para cego... É uma inclusão fantástica....


João Genarte de Araújo C. Neto

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O menino que via com as mãos

O vídeo apresenta uma literatura infantil acerca da temática deficiência visual, nos possibilitando a oportunidade de trabalhar a inclusão dentro do universo da criança, conscientizando-a desde cedo nesse contexto.


Amélia Sayonara

Exemplos de superação dos deficientes visuais

Nesses vídeos encontramos exemplos de superação de pessoas, que conseguiram vencer suas limitações através de estratégias e mediações adequadas as suas necessidades visuais, sevindo como um referencial de possibilidades para nossa intervenção como educadores.




Amélia Sayonara





Sensibilização e Reflexão acerca da Inclusão...

Vi esse vídeo e resolvi compartilhar com todos vocês, para que possamos refletir sobre a indiferença que muitos são submetidos, por serem diferentes ou simplesmente não seguirem padrões convencionais da Sociedade. É necessário o respeito às diferenças, precisamos "excluir" do nosso ser  qualquer sentimento de "exclusão", "incluindo" em nós o hábito de se colocar no lugar do outro, para que sejamos realmente capazes de exercer a "inclusão".

Vale a pena conferir...Espero que gostem!

Amélia Sayonara


 



quarta-feira, 16 de maio de 2012

SEMINÁRIO TECNOLOGIAS ASSISTIVAS - GRUPO C VÍDEO COM TEMA: SÍNDROME DE DOWN.

ELABORAÇÃO SEMINÁRIO - GRUPO C - Surdez profunda, conhecendo apenas LIBRAS

Trabalho apresentado a:
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA -- EAD
COORDENAÇÃO CENTRAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - CCEAD
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
ESPECIALIZAÇÃO: TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: INCLUSÃO E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS - ITA
SÍNDROME DE DOWN -- GRUPO "D" - FÓRUM
MEDIADOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS BARBOSA
GRUPO/COMPONENTES: "Incluir é possível".
Grazielli Martns Pereira grazielli.martins@hotmail.com
Izabel Cristina Costa de Araújo Rodrigues izacris10@gmail.com
José Carlos Soares Carreiro josecarlossoarescarreiro@yahoo.com.br
Maria de Fátima Vasconcelos Leite vasconcelos_fat@hotmail.com (coordenadora)
Sérgio Nilson de Faustino sergiolaquimica@yahoo.com.br
TURMA: PB01. DATA: 09/05/2012.

Ítalo do Acordeon: O dom da música é a visão além da inclusão

Vídeo dedicado aos amigos Amélia Sayonara, Winadyjário, João Genarte, Adísio Pereira e a todos os colegas do curso de especialização em Tecnologias na Educação, especialmente a turma do Seminário Inclusão e Tecnologias Assistivas. O Dom da música é sim, porque não, a visão além da inclusão. Esta é a grande lição deixada por Ítalo do acordeon para todos nós!

terça-feira, 15 de maio de 2012

A Tecnologia Assistiva e a construção dos Objetos de Aprendizagem

Muito sugestivo o vídeo abaixo porque ele trabalha a aprendizagem em todos os contextos, e principalmente utilizando-se o RIVED para a construção de um Objeto de Aprendizagem. É portanto, algo que nos mostra uma visão além da inclusão e dos tradicionais e superados Objetos de Aprendizagem aos quais estamos engessados muitas vezes quando nos prendemos apenas aos currículos tradicionais. O vídeo nos mostra portanto como é construído um OA. Confiram

Quadrinho: Refletir e incluir...

Olá turma,

Fiz essa tirinha para ilustrar nossa temática!
Espero que gostem... Grande abraço,

Amélia Sayonara

Dosvox

O que é o Dosvox


O DOSVOX é um sistema para microcomputadores da linha PC que se comunica com o usuário através de síntese de voz, viabilizando, deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais, que adquirem assim, um alto nível de independência no estudo e no trabalho.


O sistema realiza a comunicação com o deficiente visual através de síntese de voz em Português, sendo que a síntese de textos ser configurada para outros idiomas.


O que diferencia o DOSVOX de outros sistemas voltados para uso por deficientes visuais é que no DOSVOX, a comunicação homem-máquina é muito mais simples, e leva em conta as especificidades e limitações dessas pessoas. Ao invés de simplesmente ler o que está escrito na tela, o DOSVOX estabelece um diálogo amigável, através de programas específicos e interfaces adaptativas. Isso o torna insuperável em qualidade e facilidade de uso para os usuários que vêm no computador um meio de comunicação e acesso que deve ser o mais confortável e amigável possível.


Grande parte das mensagens sonoras emitidas pelo DOSVOX é feita em voz humana gravada. Isso significa que ele é um sistema com baixo índice de estresse para o usuário, mesmo com uso prolongado. Ele é compatível com a maior parte dos sintetizadores de voz existentes pois usa a interface padronizada SAPI do Windows. Isso garante que o usuário pode adquirir no mercado os sistemas de síntese de fala mais modernos e mais próximos à voz humana, os quais emprestarão ao DOSVOX uma excelente qualidade de leitura.


O DOSVOX também convive bem com outros programas de acesso para deficientes visuais (como Virtual Vision, Jaws, Window Bridge, Windows Eyes, ampliadores de tela, etc) que porventura estejam instalados na máquina do usuário.O DOSVOX contava em dezembro de 2002 com cerca de 6000 usuários no Brasil e alguns países da América Latina. Nesta época, o número de usuários que acessava a Internet era estimado em cerca de 1000 pessoas.


De que consiste o DOSVOX


O programa é composto por: Sistema operacional que contém os elementos de interface com o usuário; Sistema de síntese de fala; Editor, leitor e impressor/formatador de textos; Impressor/formatador para braille; Diversos programas de uso geral para o cego, como Jogos de caráter didático e lúdico; Ampliador de telas para pessoas com visão reduzida; Programas para ajuda à educação de crianças com deficiência visual; Programas sonoros para acesso à Internet, como Correio Eletrônico, Acesso a Homepages, Telnet e FTP. Leitor simplificado de janelas do Windows O DOSVOX vem sendo aperfeiçoado a cada nova versão. Hoje ele possui mais de 80 programas,

e este número é crescente.


Plataforma mínima para execução


O sistema DOSVOX executa em microcomputadores que executam o Microsoft Windows 95 ou superior. A plataforma mínima para o DOSVOX é um Pentium 133 ou equivalente, sendo possível executá-lo com menor velocidade em máquinas a partir de 486. O computador usado é absolutamente comum, sendo apenas necessária uma placa de som ou a disponibilidade de som"on-board".

Abraços


Genarte

O Bêbe Deficiente Visual e sua Família

Uma dura realidade: Diagnóstico de crianças que nascem cegas.


Os depoimentos de Mães que tiveram filhos cegos trazidos no texto “O Bebê Deficiente Visual e sua Família” de Antônio Borges mostram o desespero das mães quando se deparam com o diagnóstico de forma brusca e insensível, são comoventes.

CASO A “... quando perguntei pela minha filha, diziam que estava bem, mas não ma traziam. Quando a vi disseramme que tinha os olhos inchados, mas que depois passava. Chamaram o meu marido e eu desconfiei... Em poucos dias tive certeza: minha filha tinha glaucoma...”


CASO B “aos três meses notamos que o bebê não fixava e pensamos que fosse estrabismo. A pediatra não deu por isso. Fomos ao oftalmologista, que lhe fez um exame e de uma maneira muito brusca disse: Confirmase o diagnóstico de cegueira, ele é cego e não há nada a fazer. O choque para mim foi tão grande, e a forma com que ele me disse isso foi tão brutal, que nunca mais pude voltar lá. Andei por outros médicos, mas o diagnóstico foi sempre confirmado e não me deram nenhum encaminhamento. Até que um dia um colega do meu marido lhe falou no Instituto de Cegos em que...”


Antônio Borges afirma:

É necessário pois, reduzir este período em que os pais sentindo ruir todos os seus sonhos, se confrontam com a realidade de um bebê deficiente visual, tão diverso daquele que preencheu o seu imaginário durante nove meses.


Este primeiro momento é geralmente caracterizado por uma total ausência de esperança,agravada pela angústia de uma culpabilidade que começa a emergir. A deficiência do filho ameaça o sentimento de amor próprio e a competência dos pais. O sentimento é tão insuportável que eles procuram, em si mesmos e nos outros, um sinal que lhes mostre que não têm culpa da deficiência do filho.



Genarte

Ver a Inclusão


               Nossos órgãos têm o papel de posicionarmos diante do mundo. E é por intermédio da visão que estabelecemos o conceito sobre o mundo. Para a pessoa com deficiência visual a percepção de si e do mundo à sua volta é transformada devido os conhecimentos que absorvem. 

   As informações são feitas por meio da exploração do ambiente pelas mãos e outros sentidos, muitas vezes, distorcida, causando ansiedade e dúvida. Seus julgamentos se desenvolvem ao longo do tempo e a partir de seus relacionamentos sociais, com informações produzidas a partir da definição de objetos e ambiente, por pessoas sem deficiência.

      No entanto, a ausência de estímulos, os obstáculos encontrados no cotidiano atrapalhando sua acessibilidade, a falta do esporte e do lazer entre outros, pode trazer um processo desencadeador de severos comprometimentos relacionados à independência, segurança, ampliação de conceitos, integração com o meio e consigo mesmo.

     A tecnologia cortou o cordão umbilical dos deficientes, trazendo  a vida,  através de atividades especiais e sua total interação com o ambiente, pessoas com deficiência visual poderão ter mais chances de conquistar seu espaço como cidadãos, independente de sua deficiência. A afirmação da individualidade e o acréscimo de uma identidade positiva dependem intensamente disto, contribuindo expressivamente para uma existência completa desses indivíduos.


Winadyjário Barreto dos Santos



Referências:

BRIKMAN, L. A Linguagem do Movimento Corporal. Trad. Beatriz A. Cannabrava.
São Paulo: Summus, 1989.
GANDARA, Mari. A Expressão Corporal do Deficiente Visual. Campinas: Gandara,
1992.

Inclusão e Tecnologias Assistivas


Ao longo do  Seminário Inclusão e Tecnologias Assistivas: Sensibilização, tivemos a oportunidade de  conhecer as diversas soluções tecnológicas já existentes que possibilitam aos portadores de diferentes deficiências exercerem de forma cada vez mais plena sua cidadania em sua plenitude se fazerem mais enxergados como cidadãos com os mesmos direitos que nós em nossa sociedade. Nos deu esta disciplina a oportunidade de refletirmos o nosso papel enquanto professores perante o nosso aluno portador de alguma deficiência e em nosso caso, a questão da deficiência visual. É importante frisar também o alerta que nos faz o professor Antônio Borges quando ele nos fala da pouca ênfase nos cursos de pedagogia para a preparação para este desafio.

Identificar os motivos de cada deficiência, no nosso caso, por quê a deficiência visual ocorre e como ela pode ser superada em sala de aula? O que enquanto professores podemos fazer para diagnosticar, para receber, para aceitar e para compartilhar o conhecimento com aquela pessoa que chega com aquela deficiência em nossa sala de aula.

Percebermos o imenso poder da tecnologia como agente modificador deste contexto, desta realidade que se antes excluía agora tem que incluir estas pessoas, pois é acima de tudo um ato humano, além de um ato pedagógico politicamente correto eu diria. Não podemos ver na pessoa com deficiência um “ser invisível”, senão realmente não o enxergaremos. Não o ajudaremos e assim estaremos compartilhando de uma visão segregacionista tão em voga no Brasil por tantos anos. É fundamental também alertarmos para o papel fundamental da família neste contexto como agente colaborador da inclusão desta pessoa com deficiência na escola, bem como acompanhar o processo de ensino/aprendizagem no qual ela está inserida. Se o preconceito isola as pessoas, o compartilhar da tecnologia para superar isto promove a inclusão, é fundamental que percebamos isto enquanto educadores. O que dizer do exemplo de Euler que criou inúmeras equações matemáticas mesmo sendo cego?

O portador de deficiência não está fadado ao fracasso, mas sim ao sucesso. O sucesso de mesmo com aquela deficiência ele conseguir superar as expectativas pessoais e até as de sua família e assim crescer como cidadão e se sentir valorizado por todos. É aí que o processo tem de partir da sala de aula. Da inclusão destas pessoas como portadores de um direito especial e ao mesmo tempo convivendo com cidadãos comuns que também são detentores de direitos e deveres. A grande barreira para a consolidação da tecnologia como grande aliado no processo de desenvolvimento desta nova prática pedagógica é a formação dos professores.

Percebe-se claramente que para as pessoas normais a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para a pessoa portadora de deficiência a tecnologia torna as coisas possíveis.





Uma experiência de sucesso!

No link abaixo, uma sugestão para o nosso trabalho. Apresento Ítalo do Acordeom, um jovem de nossa cidade que mesmo com problemas de um determinado tipo de cegueira, a qual veio de nascença, mesmo assim ele conseguiu ter noções de música comigo e olha que não foi nem em sala de aula, pois devido sua deficiência quando pequeno era mantido em casa pela família. Daí passou a me acompanhar na banda e rapidamente evoluiu através da música, superando e muito sua deficiência, e este exemplo é importante porque nos revela que nem sempre a inclusão pode-se dar necessariamente em uma sala de aula. No caso de ítalo deu-se em nossa sede onde a banda ensaiava. Confiram o vídeo que eu fiz no quarto do mesmo.

Fico muito feliz em através da música ter ajudado este jovem valor de nossa terra a evoluir e se tornar através da música, um grande músico superando assim a sua deficiência visual através do dom da musicalidade. Acredito que a educação musical e a inclusão de instrumentos eletrônicos como o teclado e as baterias eletrônicas em sala de aula ajudariam muito no processo de inclusão e socialização dos portadores de deficiência visual.

José Ivaldo Donato Nóbrega






   

O olho


 Funcionamento e Deficiências

O olho humano funciona como uma máquina fotográfica. Os raios de luz que o atingem são convergidos por duas lentes para serem focados na retina (área nervosa no fundo do olho, responsável pela captação das imagens).  duas lentes são a córnea, estrutura transparente localizada na parte mais anterior dos olhos  e a outra é o cristalino,localizado no interior dos olhos. As duas juntas levam a formação da imagem sobre a retina.

Apesar de não serem muitos os elementos do olho, basta que um deles não funcione para que seja caracterizado um problema visual. Felizmente, na atualidade, muitos problemas podem ser corrigidos através do uso de sistemas de lentes externas ao olho, ou mesmo técnicas alternativas como ginásticas oculares. Mas há muitos problemas que não são solucionáveis tão facilmente: são esses os casos que conhecemos como "deficiências visuais".

É importante que o professor se sinta capaz de detectar os problemas visuais mais comuns, encaminhando o aluno a um médico. Um aluno com problemas visuais será geralmente um aluno com baixo rendimento escolar. O professor deve ter total consciência de que, com muito mais frequência que se imagina, o problema visual passa despercebido até mesmo pela família.

 Desta forma, ele deve fazer testes simples que permitem avaliar situações críticas, com todos os alunos e independentemente do grau escolar.



Problemas visuais mais comuns

v  Conjutivite, Miopia, Hipermetropia, Presbiopia, Astigmatismo, Nistagmo, Estrabismo e Daltonismo.

Deficiências Visuais

v  Cegueira e Visão subnormal.

Causas congênitas

v  Retinopatia da prematuridade, Catarata congênita, Corioretinite, Retinose pigmenta re Glaucoma congênito.

Causas adquiridas

v  Diabetes, Deslocamento na retina, Doenças da córnea, Glaucoma, Catarata, Traumas oculares, Degeneração senil, Acidentes e Situações causadas por violência ou pelo uso de armas.



Amélia Sayonara Regis de Meneses




Referência Bibliográfica


http://eproinfo.mec.gov.br/

Boas Vindas!

Espaço criado para compartilhar reflexões e experiências acerca da temática Inclusão, a partir da proposta de elaboração de um Seminário Virtual, referente à Disciplina ITA do Curso de Especialização: Tecnologias em Educação-PUC RIO.


"São nas pequenas ações que podemos fazer a grande diferença e, não apenas, olhar o 'diferente' que está perto de nós...a inclusão é nossa!"

(Luciane M. M. Barbosa)



PUC-RIO

Curso de Especialização
Tecnologias em Educação

Seminário Virtual

Disciplina: ITA
Turma: PB01

Mediador: André Luiz dos Santos Barbosa

Grupo A: Cegueira total sem Déficit Cognitivo Aparente

Componentes:
Adísio Pereira Fialho adisio.p.fialho@gmail.com
Amélia Sayonara Regis de Meneses ameliesay@gmail.com
João Genarte de Araújo Cavalcante Neto jgenarte@hotmail.com
José Ivaldo Donato Nóbrega ivaldoshow@gmail.com
Winadyjário Barreto dos Santos jario_bds@ig.com.br


SEJAM TODOS BEM VINDOS À ESSE ESPAÇO DE INTERAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO!